sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Sortelha

Localizada na Beira Alta, na zona raiana,  pertence ao concelho do Sabugal. Situada a 773 metros de altitude, a sudoeste da Serra de S. Cornélio, assenta sobre terrenos graníticos e integra-se na zona do concelho onde se verificam simultaneamente as altitudes mais baixas (400 a 800 metros) e as encostas mais declivosas. Dista 12 Km do Sabugal e 14 KM de Belmonte. A ligação a Sortelha faz-se pela estrada que liga Castelo Branco à Guarda.
                   
Quadro Histórico

Sortelha é essencialmente uma aldeia medieval: as pesquisas arqueológicas realizadas durante os trabalhos no âmbito do Programa das Aldeias Históricas vieram pôr a descoberto inúmeras sepulturas antropomórficas localizadas, sobretudo, em volta da igreja Matriz.
A construção das muralhas da povoação é, por tradição historiográfica, atribuída de D. Sancho I. Estas erguem-se em forma circular, fazendo corpo com enormes penedos.
No termo do antigo concelho de Sortelha conhecem-se vestígios da presença romana, como demonstra a Viam Veterum, desde a Porta Poente até ao chafariz da Azenha.
No Brasão de Armas da antiga vila desenha-se um castelo e um anel. Deste último símbolo afigura-se ter nascido a toponímia de Sortelha. Sortija, Sortilia ou Sorteia são designações castelhanas para um jogo antigo de cavaleiros que consistia em enfiar a ponta de uma lança num anel de pedrarias que teria um elevado valor simbólico.


Fonte: http://www.turismoserradaestrela.pt/index.php/pt/rotas-turisticas/turismo-cultural/rota-das-aldeias-historicas?start=6

Belmonte

Vila tão antiga como Portugal. Desde 1500 e tão famosa no Brasil como em Portugal
A vila de Belmonte teve foral em 1199 e está situada no panorâmico Monte da Esperança (antigos Montes Crestados), em cujo morro mais rochoso foi construído nos finais do séc. XII o seu castelo que juntamente com os castelos de Sortelha e Vila de Touro, formaram até à assinatura do Tratado de Alcanices (1297), a linha defensiva do Alto Côa, apoiada na retaguarda pela muralha natural da Serra da Estrela e pelo Vale do Zêzere.

                       
Na terra de Pedro Álvares Cabral

Um passeio a pé ao longo do centro histórico de Belmonte, de mão dada com os monumentos que viram crescer este famoso navegador.
Quinhentos anos após a descoberta do Brasil admire a estátua de Pedro Álvares Cabral situada no Largo António José de Almeida, a 100 metros dos Paços do Concelho. Suba a pé pela Rua 1º de Maio até à belíssima Praça da República, destacando-se o edifício da antiga Câmara, com a torre do relógio e onde se localiza o Posto de Turismo, o pelourinho quatrocentista e, em redor, um notável conjunto de casas onde pode comprar o artesanato local e da Serra da Estrela. Continuando para o Largo Afonso Costa, volte à esquerda e suba a Rua do Castelo. Visite o castelo que é formado pela Torre de Menagem, vestígios da antiga alcaidaría (Paço dos Cabrais) e um moderno anfiteatro ao ar livre, rodeado por imponentes muralhas. Não deixe de subir à janela Manuelina, verdadeira jóia granítica, de onde poderá contemplar a Serra da Estrela em toda a sua extensão. À saída do Castelo, em frente, observe as capelas de Santo António (séc. XVI) e do Calvário (séc. XIX) e, à direita, a cruz de madeira de Pau Santo do Brasil (réplica da que foi mandada levantar por Cabral na 1ª missa celebrada no Brasil), oferecida nos anos 50 pelo presidente brasileiro Kubichek de Oliveira.
Também à direita, a Igreja de S. Tiago, românica, vale a pena ser visitada, aí encontrará na capela mor, diferentes camadas residuais de frescos sobrepostos, que terão sido elaborados nos sécs. XVI, XVII e XVIII. O altar lateral, também conhecido por capela de N.ª Sr.ª da Piedade, constitui uma preciosa peça gótica com capitéis finamente trabalhados, e onde se guarda o túmulo de Maria Gil Cabral, fundadora da capela nos finais do séc. XIV, e ainda uma raríssima Pietá de granito policromado. Não deixe de visitar o Panteão dos Cabrais, onde se encontra um túmulo com alguns restos mortais de Pedro Álvares Cabral, para além de outros da mesma família. Deixando este templo, à direita, repare na torre sineira que compõe todo este conjunto religioso. Depois de percorrer a Rua da Judiaria e visitar a nova Sinagoga, regresse ao terreiro do castelo, onde todos os anos se acende o tradicional madeiro. Desça novamente a Rua do Castelo e siga pela Rua 25 de Abril em direcção à Igreja da Sagrada Família, em cujo altar lateral se encontra a famosa imagem de N. Sr.ª da Esperança que segundo a tradição terá acompanhado Álvares Cabral ao Brasil.


 Fonte:http://www.turismoserradaestrela.pt/index.php/pt/rotas-turisticas/turismo-cultural/rota-das-aldeias-historicas?start=6

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Distrito de Leiria

O distrito de Leiria está situado ligeiramente para o interior e abrange uma série de cidades e atracções únicas, todas elas oferecendo paisagens diferentes, monumentos e costumes singulares.  
                

A encantadora cidade de Peniche fica junto à costa e é um destino popular para a prática de desportos aquáticos, como o surf e a pesca em alto mar. Aqui encontrará excelentes restaurantes de peixe fresco e poderá partir de ferry à descoberta das Ilhas Berlengas – uma bela reserva natural rodeada de águas translúcidas. 
               

A Nazaré é uma pitoresca vila piscatória, conhecida pelas tradições e pela sua longa praia, onde os pescadores ainda hoje estendem as suas redes. Depois de visitar o Castelo de Leiria, a praça medieval Rodrigues Lobo e a Sé Catedral renascentista, vá até ao Mosteiro da Batalha – uma verdadeira obra-prima da arquitectura Gótica em Portugal. Não deixe também de visitar o grandioso Mosteiro de Alcobaça, um magnífico complexo medieval que incorpora uma igreja do século XII.
                    
A famosa cidade das Caldas da Rainha soube impor-se graças à sua cerâmica tradicional (de cariz popular e humorista) e pelo seu artesanato, enquanto a cidade da Marinha Grande é reconhecida como a maior produtora de vidro do país. Descubra também a encantadora vila de Óbidos, caiada de branco e rodeada por muralhas do século XIV.
                   

Locais a Visitar
Fortaleza de Peniche

A Fortaleza de Peniche foi uma importante base militar durante a Idade Média, tendo sido concluída em 1645. Após muitos anos de guerras, o seu valor estratégico foi perdendo importância, pelo que acabou por ser desactivada. A partir de então, foi usada como abrigo para os refugiados Bóeres no início do século XX, um campo de detenção de austríacos e alemães durante a I Guerra Mundial e uma prisão para os opositores do antigo regime português. A fortaleza acolhe hoje o Museu de Peniche, que apresenta uma colecção de artefactos regionais e documentação histórica relacionada com a ditadura portuguesa.
 
Igreja da Misericórdia
O tecto desta igreja é o seu ponto forte e encontra-se totalmente coberto com 55 pinturas que retratam cenas do Novo Testamento – um exemplo do legado de artistas talentosos do século XVII originários desta região. Além destas magníficas representações, também poderá admirar os belos azulejos na parede, várias esculturas e cinco extraordinárias telas da autoria de Josefa d’Óbidos.

                                 
Mosteiro da Batalha
Também conhecido como Mosteiro de Santa Maria da Vitória, este monumento nacional foi mandado construir pelo Rei D. João I como sinal de gratidão à Virgem Maria pela vitória de Portugal frente a Castela na Batalha de Aljubarrota. Classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, este edifício único foi erguido em 1388 e é tido como o exemplo máximo da arquitectura Gótica no país. No portal do Mosteiro, poderá admirar representações dos Apóstolos, de Profetas, Anjos e Jesus Cristo rodeado pelos quatro Evangelistas. Os túmulos do Rei D. João I, de D. Filipa de Lencastre e dos seus filhos podem ser visitados na Capela do Fundador. Belos vitrais ilustrando cenas bíblicas como “A Visitação de Nossa Senhora”, a “Adoração dos Magos”, a “Fuga para o Egipto” e “A Ressurreição de Cristo” adornam o interior do mosteiro, enquanto no exterior se podem ver as típicas gárgulas. O Mosteiro da Batalha é, sem dúvida, um dos mais belos exemplos da arquitectura Gótica de todo o país.

                         
Mosteiro de Alcobaça
Situado no fértil vale onde correm os rios Alcoa e Baço, este mosteiro foi doado à Ordem de Cister pelo Rei D. Afonso Henriques após a conquista de Santarém aos Mouros. Da sua fachada barroca original com as duas torres, restam hoje apenas o portal, as duas grandes janelas e a rosácea central. No interior das capelas laterais do transepto do mosteiro encontram-se os belos túmulos esculpidos de D. Pedro I e da sua eterna amada D. Inês de Castro. O transepto também permite o acesso aos túmulos do Rei D. Afonso II, do Rei D. Afonso III e das respectivas esposas e filhos. Outras partes do mosteiro situadas no claustro incluem a Sala do Capítulo, a Sala dos Monges e uma cozinha e refeitório datados do século XVIII. Na Sala dos Reis são de especial destaque os encantadore
s painéis de azulejos e as estátuas de argila dos monarcas portugueses.
                         
http://www.portugal-live.net/P/places/leiria.html

Distrito de Aveiro

Conhecida como a "Veneza Portuguesa" ,
 Aveiro, é uma cidade portuguesa, do Distrito de Aveiro, na Região Centro e pertencente à sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 55 291 habitantes.O perímetro urbano é constituído pelas freguesias de Glória e Vera Cruz (a área original da cidade), estendendo-se ainda para Aradas, Cacia, Esgueira, São Bernardo e Santa Joana.
Fica situada a cerca de 55 km a noroeste de Coimbra e a cerca de 70 km a sul do Porto, sendo a principal cidade da sub-região do Baixo Vouga com 390 840 habitantes (2011), e a terceira cidade da região Centro, a seguir a Viseu e Coimbra.
É sede de um município com 78 450 habitantes (2011) e 197,58 km² de área, subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Murtosa (seja através da Ria de Aveiro, seja por terra), a nordeste por Albergaria-a-Velha, a leste por Águeda, a sul por Oliveira do Bairro, a sudeste por Vagos e por Ílhavo (sendo os limites com este último concelho também feitos por terra e através da ria), e com uma faixa relativamente estreita de litoral no Oceano Atlântico, a oeste, através da freguesia de São Jacinto. É um importante centro urbano, portuário, ferroviário, universitário e turístico.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Linhares

Linhares localiza-se a cerca de 810 metros de altitude, numa das faldas da Serra da Estrela, no concelho de Celorico da Beira, acerca de 4 Km da Estrada Nacional 17 que liga Coimbra à Guarda.
Quadro Histórico

A origem da povoação remonta provavelmente a 580-500 a.C. e terá sido fundada pelos Túrdulos (povo que habitava a Bética, hoje Andaluzia). Posteriormente, Linhares foi conquistada pelos Romanos e ter-se-à chamado Lénio ou Leniobriga. O próprio vocabulário indica, através de sufixo briga, a existência provável de uma povoação fortificada no alto de um monte. Entre o séc. III a.C. e a ocupação romana foi habitada pelos Lusitanos.
Quando os Romanos conquistaram a Península Ibérica Linhares Continuou habitada e passou a ser atravessada por uma importante estrada romana que ligava Emerda (actual Mérida, em Espanha) a Braccara Augusta (Braga). Restos de estrada romana são ainda bem visíveis na calçada tão peculiar que existe no meio de nada, pedras grandes bem polidas, memória de um passado muito distante . Existe também a ruína de um fórum romano, pequena tribuna sobrelevada, com um banco ao redor e uma mesa onde se tomavam decisões comunitárias ou se faziam julgamentos. É uma construção original e única: o granito, tão característico da região, é aqui integralmente utilizado. Com a progressiva chegada dos Bárbaros à Península, Linhares foi marco de cristianização, tendo-se tornado, com os Visigodos (séc. VI e VII), sede da Diocese.
Com a invasão muçulmana, que ocorreu após anos de existência pacífica destas comunidades, tudo se alterou. Viveu-se um clima de insegurança, com as povoações a voltarem-se sobre si mesmas, tendo a agricultura como única fonte de subsistência. A Diocese de Linhares deixou então de existir, tendo passado a sua sede para Coimbra.
As informações sobre Linhares nessa época contradizem-se: ora a dão como destruída e arruinada no séc. VIII, ora apresentam o castelo como tendo origem numa fortificação moura. Há inúmeras lendas que relacionam Linhares com a presença moura, tal como histórias de mouras encantadas que permaneceram no imaginário das suas gentes. Uma das lendas mais citadas respeita à vitória dos habitantes de Linhares sobre as hostes do chefe muçulmano Zuzar que ocupava o castelo de Azuzara, próximo de Mangualde. Este facto terá sido comemorado até ao séc. XVII numa romagem a uma capela onde existiu o Castelo de Azurara e de onde se avistava Linhares.
No ano de 900 Afonso Magno, de Leão, recuperou as terras até Coimbra. Linhares sofreu novo incremento em tempo de paz e era já de denominação cristã antes da fundação da nacionalidade portuguesa.
Menos de dois séculos depois, em 1169, D. Afonso Henriques conquistou definitivamente Linhares aos mouros, integrando-a numa linha defensiva da região, da qual faziam parte Trancoso e Celorico da Beira; em Setembro desse mesmo ano concedeu-lhe foral. O primeiro senhor de Linhares foi o próprio rei: "os moradores do concelho não teriam outro senhor a não ser o rei ou seu filho".
No entanto, o período de instabilidade prosseguiu e, segundo a tradição, no reinado de D. Sancho II, em 1198, a Beira foi invadida por castelhanos e leoneses que se apoderaram de Celorico. O seu alcaide Gonçalo Mendes, pediu então auxílio ao seu irmão Rodrigo Mendes, alcaide de Linhares, ambos filhos do Alcaide de Castelo Mendo, D. Mendo Mendes. Conta a tradição que este combate se realizou numa noite de Lua Nova, que iluminou os combatentes, e que estes, combatendo com bravura, derrotaram o inimigo. Ainda hoje as bandeiras de Linhares da Beira e Celorico da Beira ostentam um crescente e cinco estrelas.
Linhares foi doado a D. Isabel, filha bastarda de D. Fernando, que se casou com D. Afonso, filho bastardo de D. Henrique II de Castela. Em 1348, o alcaide-mor Martins Afonso de Melo, por carta régia de D. Fernando, ficoucom as rendas e os direitos de povoação. A sucessão ao trono dividira Portugal, e o alcaide de Linhares, apesar da oposição de toda a população , entregou o castelo ao rei de Castela. Linhares conheceu, a partir daquela época e durante cerca de dois séculos, um período de grande prosperidade e desenvolvimento económico. D. João I, já aclamado rei nas Cortes de Coimbra, fez a doação destas terras a Martin Vasques da Cunha, pela recompensa dos serviços prestados.
Em 17 de Abril de 1411 foi criada a casa senhorial do Infante D. Henrique, duque de Viseu e senhor Covilhã, a qual abrangia grande parte da comarca da Beira. Num total de 125 terras, 97 eram henriquinas.
D. Manuel deu Foral Novo a Linhares em 1510. A época de prosperidade e desenvolvimento económico que se iniciara com a expansão atingiu o seu apogeu.
Terá existido em Linhares uma colónia de judeus, tendo em conta os nomes que constam dos processos da Inquisição, como naturais da região. Dadas as características prováveis das habitações que serviam para comércio e residência, a judiaria situar-se-ia próxima do adro da Igreja, na parte superior da povoação, por aí se realizar uma feira. As habitações têm sinais característicos: cruzes apostas nos ombrais das portas, datas com referência à construção das casas, símbolos e outras inscrições. Esta simbologia encontra-se um pouco por toda a povoação.
D. João III elevou Linhares a condado, tendo sido o primeiro Conde D. António de Noronha. Existiam duas paróquias na povoação que crescia e se desenvolvia: a da Nossa Senhora da Assunção, anteriormente de Santa Maria, que foi crescendo ao gosto das sucessivas épocas; e a de Santo Isidoro, que também sofreu transformações e onde, em 1576, foi instituída a Misericórdia, que teve o seu hospital na Albergaria.
Em 1640, foi extinto o título de Conde de Linhares e os seus bens confiscados para a coroa por ele ter servido o Rei de Castela, aquando da dominação Filipina. D. João IV renovou o título, sendo renovado até ao sexto conde, apesar do senhorio da Beira ser, desde 1698, umas instituição patrimonial de segundos filhos dos reis: a casa do infantado. Um conde de Linhares, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, ocupou cargos políticos nos reinados de D. Maria I e de D. João VI, tendo emigrado com a família real para o Brasil.
O aparecimento dos solares, com características eminentemente barrocas, atesta a prosperidade económica das grandes casa que foram aparecendo nos séc. XVIII e XIX, hoje já assimiladas pelo conjunto e coexistindo com ele em perfeita harmonia. Muitas das actividades eram regidas por conselhos de vizinhos e tinham carácter comunitário, que ainda hoje se mantêm. No séc. XVIII a população diminuiu e a povoação declinou.Durante as Invasões francesas, de 1808 e 1810, Linhares ainda tinha sob a sua alçada seis concelhos. Em 1820 elegeu um deputado para as cortes, seguindo-lhe a sua estagnação e decadência.
O concelho foi extinto em 1842, data em que passou a ser apenas uma freguesia do Concelho de Celorico da Beira.

Programa de Intervenção
Recuperação do aglomerado, restituindo-lhe a morfologia e a identidade do seu passado medieval e transformando-o em centro de atracção turística, cultural e desportiva.
Tem-se nomeadamente em conta que, pela sua localização, Linhares possui condições excepcionais para a prática de parapente, sendo actualmente um centro de prática daquela modalidade desportiva já referenciado nos roteiros internacionais.

Castelo Rodrigo

Castelo Rodrigo situa-se sobre uma alta e isolada colina, na cota 770m a 820m. Localiza-se nos vastos territórios de Riba Côa, a 10 Km da margem direita do rio Côa, próximo da Ribeira de Aguiar, 3 Km a sul de Figueira de Castelo Rodrigo e a 12,5 Km da raia espanhola.
Encontra-se na confluência da Estrada Nacional 332, vinda de Almeida, e da estrada Nacional 221, vinda de Pinhel.
                                
Quadro Histórico
Os vestígios mais antigos da presença do homem no território são achados do Paleolítico. A cultura megalítica e a cultura castreja reflectem-se na sua toponímia. O domínio romano apresenta muitos vestígios na região. Existem lápides epigrafadas e dezassete estações arqueológicas no concelho, na sua maioria restos de villae romanas. A passagem dos muçulmanos ficou marcada por vestígios ainda existentes na cisterna e nalgumas casas no interior do Castelo.
As primeiras referências escritas datam da época da Reconquista e mostram a importância que tinha para os reis de Leão o repovoamento deste (então seu) território: foi-lhe atribuído o título de vila e foi elevada a concelho por Afonso IX de Leão.As doações feitas aos frades Salamantinos, fundadores da Ordem de S. Julião do Pereiro, e aos primeiros frades de Santa Maria de Aguiar, oriundos de Zamora, revelam uma idêntica preocupação com a reorganização e povoamento desta área, de que o convento de Santa Maria de Aguiar é, hoje, importante testemunho. Aliás, historicamente, nenhuma povoação raiana exerceu, por período tão longo, um lugar tão relevante nas relações luso-castelhanas e na defesa do território português.
Em 1170 Afonso Henriques conquistou Castelo Rodrigo aos mouros mas ela será novamente perdida, tornando a ser reconquistada por D. Sancho I, em 1209, data em que este lhe concede o seu primeiro Foral.
Castelo Rodrigo, povoação fortificada desde a mais remota antiguidade, foi integrada definitivamente no território português a 12 de Setembro de 1297, pelo tratado de Alcanizes; D. Dinis , que confirma o seu Foral em Trancoso, em 1296, mandou repovoar e reconstruir o Castelo. Sendo palco de constantes guerras, D. Fernando mandou novamente reparar as suas muralhas.
Foi por esta época que Castelo Rodrigo pediu a D. Fernando Carta de Feira, o que lhe foi concedido por Carta Régia de 23 de Maio de 1373, devendo a Feira ser feita a 18 de cada mês "se nesse dia não se fizer outra feira franqueada em algum lugar acerca dessa vila". Porém, passado pouco mais de um ano, em 1374, o Rei altera a data da Feira para o dia 1 de cada mês; mais tarde, em 1386, D. João I muda a data da Feira, o que causou graves prejuízos aos moradores; anos depois, estes escreveram ao Rei pedindo a alteração da data para o dia 25, o que lhes foi concedido "... com tanto que façam em dias taes que não façam em nenhum prejuízo às outras feiras que se fazem nas outras vilas e comarcas d'arredor".
Durante a crise de 1383-85 Castelo Rodrigo tomou o partido de D. Beatriz e de D. João de Castela pelo que D. João I, o Mestre de Aviz, castigou a vila, mandando que o seu brasão ficasse com o escudo das armas reais invertido e tendo-a colocado na dependência administrativa de Pinhel.De novo a Vila se despovoou e caiu em ruínas.
D. Manuel mandou, novamente, que fosse repovoada, bem como restaurado o Castelo, tendo-lhe dado Foral Novo em 25 de Junho de 1508.Os dois primeiros reis da Dinastia dos Filipes instituíram o condado e o marquesado de Castelo Rodrigo na pessoa de Cristóvão de Moura, filho de um alcaide da povoação e defensor da causa filipina, que fez erigir, em 1590, um magnífico palácio residencial no interior da antiga alcáçova. A 10 de Dezembro de 1640 a população de Castelo Rodrigo, revoltada contra o fidalgo, pôs fogo ao palácio do traidor.
De novo Castelo Rodrigo se vê envolvida nas lutas contra Castela tendo, em 1664, sofrido o Cerco do Duque de Ossuna. A sua guarnição, apenas com 150 homens, resistiu heroicamente até à chegada de reforços portugueses, altura em que se trava batalha nos campos junto ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar. Conta-se que o Duque se Ossuna e D. João d'Austria terão escapado com vida, disfarçados de frades.
Castelo Rodrigo foi ponto de passagem dos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela, aqui acolhidos e cuidados por uma confraria de frades hospitaleiros, estabelecida em Portugal desde 1192.
Após as Guerras da Restauração Castelo Rodrigo foi perdendo a sua importância e, a 25 de Junho de 1836, por Carta Régia de D. Maria II, a sede de concelho passou para a povoação de Figueira de Castelo Rodrigo.

Programa de Intervenção
Pretende-se a valorização da povoação como elo da cadeia de fortalezas fronteiriças, nomeadamente do eixo Almeida/Castelo Mendo/Castelo Rodrigo, e como pólo de atracção turística que beneficia da navegabilidade do rio Douro até Barca D'Alva e da proximidade de Espanha. Para tal importa reactivar artes e ofícios tradicionais, como factor de dinamização económico-social, tendo como suporte o fluxo turístico.
http://www.turismoserradaestrela.pt/index.php/pt/rotas-turisticas/turismo-cultural/rota-das-aldeias-historicas/item/137-castelo-rodrigo

Castelo Novo

Castelo Novo é uma aldeia do Concelho do Fundão, encaixada a meia encosta nascente, na Serra da Gardunha, entre os 600 e 635 m de altitude e as ribeiras de Gualdim e de Alpreada. Toda ela se desenvolve de uma forma concêntrica, em torno de um elemento de referência, o Castelo, nomeadamente a torre de Menagem. Por trás dos Paços do Concelho, no ponto mais alto e central da aldeia, impõe-se o Castelo, representando a arquitectura militar gótica e manuelina, com a sua torre sineira e de menagem.
                                     
Apesar do seu estado de ruína, no pano de muralha é perceptível a existência de duas portas a nascente e a poente, que constituíam entradas na cidadela.
A rudeza da envolvente e a índole medieval, comprovada documentalmente pelo foral outorgado por D. Pedro Guterres, no início do século XIII, durante o reinado de D. Sancho I. Este foral conferiu a Castelo Novo a qualidade de mais antigo de todos os antigos concelhos existentes na circunscrição do actual município do Fundão, deram mote a um desenho que evidencia a silhueta desgastada da Torre.
O sol que invade a Aldeia de Castelo Novo e que a aconchega, transforma-a num cenário de contrates muito especial.