quinta-feira, 13 de março de 2014

Convento de Santa Clara em Guimarães

TOUCINHO DO CÉU – MUITA HISTÓRIA POR TRÁS DE UM DOCE!
Vou contar hoje a história de uma cidade famosa por seus doces, principalmente o toucinho do céu. Tenho certeza de que vão se apaixonar por esse lugar tão especial e rico em cultura.
                                 
                     
                                       
                   

A cidade portuguesa de Guimarães ficou muito famosa por seu Convento Santa Clara, de onde surgiram muitas iguarias tradicionais do país. Ele foi fundado no século XVI e fechado no ano de 1834 quando um decreto republicano proibiu as ordens religiosas. Nesses dois séculos de história, as freiras criaram muitos sabores, em sua maioria, à base de ovos e açúcar, sendo o mais famoso, o toucinho do céu (Bacon for Heaven).
Esse doce fez com que a cidade de Guimarães fosse esquecida por ser o berço da nação, onde os portugueses se libertaram da Espanha, para ser lembrada como o berço do Bacon for Heaven, mostrando como a gastronomia influencia na cultura de um povo.
Tudo começou quando as freiras recebiam 6$400 réus por mês para suas despesas. Elas achavam pouco e por isso, resolveram fazer doces para vender fora, aumentando a renda. Os doces predicados dessas irmãs ganharam fama e logo estavam durante o período de festas, trabalhando mais com os doces que com as missões religiosas. Sendo assim, em 1758, o Arcebispo de Braga proibiu-as de praticarem as artes pasteleiras da véspera do Advento até o dia 7 de janeiro, a fim de se dedicarem a Deus. Em 1760, essa proibição foi maior, iniciando-se em 15 de outubro, dia de Santa Teresa.
Mesmo com tantas restrições aos doces, eles ainda davam o que falar. Então em 1769, o mesmo Arcebispo D. Gaspar, proibiu as freiras de venderem os doces para qualquer membro eclesiástico e só era permitida a feitura destes em caso de moléstia na família, em quantidades pequenas, suficientes para os dias de enfermidade, impedindo que as sobras fossem comercializadas. Essa medida valia do dia 15 de outubro (Santa Teresa) até o dia 6 de janeiro (Dia de Reis).

Diante de muitos protestos, as freiras resolveram negociar com o Arcebispo e ganharam a permissão para fazer doces de forno até o dia de todos os santos (1º de novembro). Paravam a fabricação até o dia de Reis. Esse fato ocorreu em 1771. Em dezembro desse mesmo ano, as freiras voltaram a negociar com o clero a permissão para confecção de chouriças, alegando que a alimentação era fraca e precisavam se nutrir bem para dar conta das funções religiosas decorrentes do Natal. A permissão foi concedida, mas tinha um truque: existiam chouriças com açúcar!
Em 1776 acabou esse problema, porque a abadessa reclamou os direitos do Convento de Santa Clara de comercializar doces, quando todos os outros conventos de Guimarães o faziam, menos o delas. O arcebispo não teve saída e liberou a venda dos doces clarentianos.
A fama do toucinho do céu de Santa Clara vem de um episódio ocorrido em 1564. Nesse período, 2/3 dos rendimentos e frutos da Igreja de Santa Cristina de Arões foram destinados ao Convento de Santa Clara. Por isso, todo dia 24 de julho (Dia de Santa Cristina), as freiras mandavam ao Abade de Arões uma caixa de Toucinho do Céu, com nove unidades, para adoçar sua boca e ele não atrasar a remessa de rendimentos… Em 1757, o Abade achou que a quantidade de doces era injusta e então, queixou-se ao Juiz do foro de Guimarães, que não lhe deu razão. Este então foi ao foro do Porto queixar-se da quantidade “pequena” de toucinhos do céu que recebera das freiras. O juiz do Porto compartilhou da mesma sentença de Guimarães e a partir de 1760 deixou de receber o agrado das freiras de Santa Clara. Que história, não?!
As últimas freiras do extinto Convento de Santa Clara foram Ana Angelina e Antônia Amara, que estiveram presentes na Exposição Industrial de doces, organizada por Alberto Sampaio, em 1884. Lá estava o tão aclamado Toucinho do Céu!
O toucinho do céu tradicional é composto por um bolo rico em ovos e amêndoas. É um pão-de-ló com amêndoas. Porém, com o passar do tempo, ele foi elaborado de outras formas, ganhando chila, leite de coco fresco, coco ralado e feito com massa mil folhas ao forno.
Mas, preste muita atenção: não chame um doce que não seja o tradicional Bacon for Heaven por esse nome em Guimarães! É um verdadeiro insulto!
                       

(Veja Receitas em http://viajandoaojardimdossabores.blogspot.pt/)
(Fonte: http://www.sorvetescolore.com.br/viagem-de-sabores/toucinho-do-ceu-muita-historia-por-tras-de-um-doce/)

sábado, 8 de março de 2014

Aldeias do Xisto - Vila Cova do Alva

Nobre aldeia, de dignidade exemplar, marcada pela dimensão dos seus edifícios, pelo bem receber das suas gentes, pelos seus espaços públicos. O rio, que passa ao fundo, resplandecente, é motivo de regozijo e prazer, pela limpidez, pela frescura, pela beleza envolvente. Também nele a ponte é motivo de contemplação. Em redor, povoam os montes que envolvem e resguardam Vila Cova de Alva, que parecem convidar para um passeio, na brandura das suas sombras e luxuriante vegetação.
                    

Caminhe ou descanse pelos espaços públicos da aldeia, casos do Largo da Igreja Matriz e do Pelourinho, onde coabitam dois solares do sec. XVII. Descubra os muitos monumentos religiosos e civis, como o Solar dos Condes da Guarda, o Solar Abreu Mesquita, o edifício dos Osórios Cabrais ou ainda a Rua Quinhentista.
Aprecie a paisagem envolvente. Há pequenos montes que envolvem a povoação, onde se pode passear por uma floresta exuberante, onde existe uma rica silvicultura e fauna. 

O rio Alva, que continua a ser um motor de desenvolvimento económico para Vila Cova, nomeadamente através da sua praia fluvial que é uma atracção turística que anima os dias quentes de Verão.

                                  
Num recanto de xisto e de vegetação muito própria, em plena Mata da Margaraça, a Fraga da Pena revela-se ao visitante por entre uma paisagem luxuriante. A imponente queda de água jorra frescura do alto dos seus 70 metros de altura. Está equipada com zona de recreio e lazer.

                                  
O Centro de Interpretação da Mata da Margaraça tem a sua sede na Casa Grande, que serve de apoio à Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor. Este equipamento tem competências na área do ambiente e turismo, bem como desenvolve trabalhos de gestão e conservação, promove actividades de educação ambiental, exposições temáticas, visitas guiadas e trabalhos científicos.
A Mata da Margaraça está classificada como Reserva Natural da Rede Nacional de Áreas Protegidas e Reserva Biogenética do Conselho da Europa, constituindo uma relíquia da cobertura florestal da região.


(Fonte: http://www.aldeiasdoxisto.pt/aldeia/)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Casa do Fidalgo - Castelo Bom


A Casa do Fidalgo [datada de 1510] situa-se em  Castelo Bom, Guarda (Portugal).
Castelo Bom é uma freguesia do concelho de Almeida, no distrito da Guarda. Situa-se na zona raiana da Beira Interior, mais concretamente na sub-região da Beira Interior Norte. Foi vila e sede de concelho durante mais de quinhentos anos.
A povoação situa-se num cabeço saliente no vale do rio Côa, cuja altitude máxima é de 725 metros, na zona do Castelo.  A altitude mínima da freguesia (cerca de 550 metros) atinge-se assim junto ao rio, enquanto que os pontos mais elevados (cerca de 770 metros acima do nível do mar) se situam no limite com a freguesia da Freineda. As elevações que mais se destacam são o Cabeço do Vale de Nogueira, o Alto dos Chapéus e a Ermida de Santa Bárbara, para além da colina onde se situa Castelo Bom.
O rio Côa constitui o limite ocidental da freguesia com as suas vizinhas Mido, Castelo Mendo e Senouras. Castelo Bom confronta ainda com Vilar Formoso e São Pedro de Rio Seco a leste, Freineda a sul, e Naves, a norte.
Foto: Casa do Fidalgo (Século XVI), Castelo Bom, por João Pedro Ribeiro
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/00/Casa_do_Fidalgo_%28Castelo_Bom%29.jpg

Portugal - Locais a Visitar

Quando pensa numas férias em Portugal só lhe surgem imagens de sol e mar?

Alguma vez pensou fazer um cruzeiro no Douro, com escalas em quintas centenárias para degustar soberbos vinhos do Porto? Ou um passeio de barco por entre os belos canais da ria de Aveiro? Ou até uma viagem aos Açores para observar as baleias no Atlântico?

Portugal continua a oferecer muitas surpresas por descobrir. Porque não partir à aventura nos recantos menos explorados do país? Esperam por si momentos inesquecíveis!

Portugal pode ser dividido em sete principais regiões:

Norte de Portugal
Uma visita ao Norte de Portugal é uma viagem no tempo que o transportará até aos primórdios da nação. Esta região com antigas citânias celtas, castelos medievais e imponentes monumentos preserva um rico manancial de histórias e lendas. Nas verdejantes encostas da região produzem-se alguns dos mais famosos vinhos do país, e não há vila que não possua a sua especialidade gastronómica. Na cidade do Porto, esta combinação de encanto histórico e novas tendências cosmopolitas é verdadeiramente deslumbrante.

Centro de Portugal
O Centro é uma região de grandes contrastes. O interior é dominado pela Serra da Estrela, com os picos mais elevados do país, enquanto o litoral está repleto de bonitas cidades e vilas costeiras. Coimbra é uma das mais antigas cidades universitárias da Europa e Fátima um dos maiores centros mundiais de peregrinação cristã. Os passeios por esta região permitir-lhe-ão descobrir desde ancestrais vales glaciários a esplêndidas rotas vinícolas, verdejantes florestas e pinhais, soberbas praias ou até provar o mais genuíno queijo da serra – um dos mais famosos de Portugal.

Lisboa
Celebrada por pintores e poetas, a luminosidade única de Lisboa realça a beleza do estuário do Tejo e a imponência das suas praças e monumentos, mas também o carácter castiço dos seus antigos bairros e vielas. O passado e o presente coexistem de forma harmoniosa nesta cidade que tem um ritmo muito próprio e cujo encanto deve ser apreciado com pormenor. A poucos quilómetros, Cascais exibe o requinte de uma sofisticada estância costeira, e, um pouco para o interior, Sintra e a sua lendária serra irão encantar os apreciadores de cenários românticos.

Alentejo
As intermináveis planícies revestidas de campos de girassóis, sobreirais e olivais, o litoral repleto de praias imaculadas e as pequenas vilas adormecidas no tempo conferem ao Alentejo um fascínio muito especial. As suas cidades encerram velhas memórias romanas e mouriscas, e as aldeias alcandoradas nas encostas junto ao mar oferecem soberbas panorâmicas sobre a foz de pequenos rios. A deliciosa gastronomia alentejana atesta a inventividade do seu povo, e os inebriantes vinhos encarnam o carácter caloroso da região.

Algarve
O clima soberbo, as inúmeras praias, as animadas estâncias balneares, os antigos monumentos e os campos de golfe uniram-se para fazer do Algarve a mais famosa região turística de Portugal. Terra de extraordinária beleza natural, preserva zonas húmidas que servem de escala a milhares de aves migratórias, e, no interior montanhoso, entre as pitorescas cidades históricas e tranquilas explorações agrícolas, a floração das amendoeiras oferece um momento de especial magia.

Ilha da Madeira
A Pérola do Atlântico deve grande parte da sua fama às esplêndidas paisagens revestidas de vegetação subtropical, ao maravilhoso clima e às águas tépidas e convidativas. O encantamento do mar preenche o coração dos madeirenses e contagia os visitantes, que se deixam tomar pelas oportunidades de requintado prazer que oferecem as costas da ilha. A hospitalidade que vai encontrar na Madeira irá sem dúvida deixar-lhe a nostalgia de um regresso!

Os Açores
Os Açores são uma região de paisagens selvagens e intocadas, onde a tranquilidade caracteriza um modo de vida dedicado à terra e ao mar. Uma viagem aos Açores é sempre uma aventura de descoberta. Nestas ilhas espera por si uma terra de misteriosas crateras vulcânicas, lagos encantadores e fascinantes paisagens, e as suas águas límpidas atraem baleias, golfinhos e marinheiros de todos os cantos do mundo.

(Fonte:  http://www.portugal-live.net/P/places.html)

Castelo de Sesimbra

O Castelo, a mais antiga fortaleza de Sesimbra, está implantado no topo de um morro a norte da Vila, dominando toda a baía. Esta notável obra militar dos Sarracenos, não disponibilizou até hoje nenhum artefacto que a permitisse datar a época da se sua edificação, só foram encontrados, neste morro alguns materiais pré-históricos e proto-históricos indicando a existência de ocupação anterior do mesmo.

                           

( Fonte: http://castelosportugal.blogspot.pt/)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Rota das Aldeias Históricas


A Rota das Aldeias Históricas é um percurso pedestre que tem como principal objectivo a visita às 12 aldeias históricas portuguesas, sendo percorridas 52 povoações, em 17 concelhos da Beira Interior num total de cerca de 540 km.

Para além das povoações, este percurso atravessa três áreas naturais protegidas 
Parque Natural da Serra da Estrela,
                    
O Concelho de Manteigas, é um território privilegiado e singular em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, cujas condições naturais, ecológicas e paisagísticas deslumbram naturais e visitantes. 


O Parque Natural do Douro Internacional,
 abrange a área que vai desde o troço fronteiriço do rio Douro, na qual se incluem o seu vale e os planaltos a ele adjacentes, prolongando-se depois ao longo do vale do rio Águeda, um dos seus afluentes, abrangendo assim uma extensão de apróximadamente120 quilómetros. A parte norte do Parque Natural do Douro Internacional é composta por um extenso planalto, cujas altitudes são de cerca de 800 metros, correspondendo à zona de Trás-os-Montes. Nesta zona, o vale do rio Douro é formado por arribas de formação granítica, em escarpas de rara beleza. Depois, à medida que se vai percorrendo o rio em direção ao sul, o vale vai-se alargando cada vez mais, sendo a zona junto ao rio mais plana, mas mantendo-se o vale com encostas escarpadas. Na zona junto ao Douro vinhateiro, observa-se um clima temperado (microclima), com baixa temperatura, e temperaturas amenas no Verão.

Reserva Natural da Serra da Malcata 
e por isso facilmente se depreende que é um percurso de uma beleza natural imensurável onde são divulgados diversos valores e saberes das regiões por onde se passa. Esta grande rota é de dificuldade elevada na medida em que apresenta grandes desníveis nas regiões montanhosas e tem ligação à Rota da Idanha e à Rota da Egitânia .

https://sites.google.com/site/descportugal/aldeias-historicas/rota-das-aldeias-historicas

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Trancoso

De volta à cidade média

O ar medieval da vila de Trancoso acolhe o visitante que percorre as suas vielas ladeadas por portões biselados e paredes com mísulas. Despertam a atenção as casas de duas portas, uma larga e outra estreita, denominadas as judiarias de Trancoso. Os judeus povoaram a vila e transmitiram aos seus descendentes o carácter comercial que lhes era típico.


                        

Numa dessas casas da parte velha da vila terá nascido o misterioso Bandarra, sapateiro e profeta, ainda hoje citado pelo povo com foros de autoridade indiscutível, que profetizou nas suas trovas a perda da liberdade e a restauração da Independência.
A história de Trancoso anda profundamente ligada à de Portugal. Situada próximo da fronteira, a terra assistiu a diversas lutas e acontecimentos marcantes. Ainda hoje a batalha de S. Marcos, travada em 1355 e percursora de Aljubarrota, continua a ser comemorada em 25 de Abril.
O rei D. Dinis escolheu esta terra para celebrar o seu casamento com a rainha Santa Isabel. O acontecimento deu-se em 1282 na Ermida de S. Bartolomeu.Foi também na sua fortaleza que se cimentou a já centenária e cada vez mais firme aliança luso-britânica, tendo cinco das Doze de Inglaterra o seu solar na vila.

Monumentos Locais a visitar

Em Trancoso não deixe de visitar o Castelo Medieval e Muralhas. 
Porta d’El Rei, do Prado, de S. João e dos Carvalhos - e por uma torre de Menagem que se situa na cidadela. A Casa dos Arcos, seiscentista e a Casa do Gato Preto, situada próximo da cidadela, com decoração de motivação judaica.
A Capela de Santa Luzia e a Igreja da Sr.ª da Festa, ambas românicas do século XIII, a segunda com pinturas a fresco. A Igreja de S. Pedro, restaurada no século XIX com pórtico, torre e altares barrocos; a Igreja da Misericórdia, datada do século XVII; a capela de S. Bartolomeu, do século XVIII, de estilo barroco.
Poderá ainda visitar a Arcaria do solar seiscentista; o Palácio Ducal de finais do século XVIII, o Quartel General de Beresford, casa do século XIV; a Capela e o Cruzeiro do Senhor da Calçada, exígua construção de meados do século XVIII.
Em Aldeia Nova poderá apreciar os vestígios de castros e de edificações dolménicas.
Em Carnicães visite a Igreja Matriz de características românicas; o edifício com janela da Renascença, na Rua Eiró, com inscrição de 1621 e o edifício com janela manuelina, junto ao chafariz.
Em Guilheiro poderá ver a Igreja Matriz de fundação românica, tendo sido reconstruída no século XVII.

Fonte: http://www.turismoserradaestrela.pt/index.php/pt/rotas-turisticas/turismo-cultural/rota-das-aldeias-historicas?start=6